segunda-feira, 6 de abril de 2015

A arte vanguardista e o "Drink Phone" do aluno Denilson (9º Ano)

O termo vanguarda significa, no seu sentido literal, a "primeira linha de um exército, em ordem de batalha", a "guarda avançada que abre a marcha", "o corpo militar que vai à frente". Na arte, passou a referir-se aos artistas que se colocam culturalmente à frente do seu tempo, abrindo o caminho a novas ideias, a novas mentalidades, a novas culturas. A arte de vanguarda procura romper com toda a concepção artística e cultural até então vigente. Apresenta-se como uma revolução cultural que busca novas estruturas, estéticas e pensamentos. 

 Pois é, a turma do 9º Ano do Colégio Betesda teve um desafio. Tentar criar uma arte vanguardista. Aquela que, quem sabe, poderá um dia surgir...
O aluno Denilson realizou um trabalho interessante. Em tempos onde os celulares e os Iphones têm induzido que pessoas apenas se conectem e não se relacionem, Denilson deu uma boa ideia!

Observe a sua "invenção" e veja a imagem criada por ele.
O DrinkPhone é a nova tendência que atua em bares e restaurantes de várias cidades, mas pra que ele serve? Ele serve para você que quer fazer um almoço entre amigos e família mas não consegue desgrudar do celular. 
A ideia é um copo no qual exista um fundo no formato de celulares, e ao colocar a bebida você tem que colocar o celular em baixo para que ele possa se manter em pé, e se der aquela vontade de usar o celular, você vai sempre lembrar que o copo vai cair e derramar a bebida em si mesmo deixando a vontade de mexer no celular e aproveitar com a família.
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Prof. Tony.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Minha alma canta...vejo o Rio de Janeiro..

Este foi um desenho da aluna Vanessa, do 7º A. Não teve como não lembrar do "Samba do Avião" de Tom Jobim.

 Parabéns Vanessa.



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Prof. Tony.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Desvendando os "hieroglifos" do 9º ano - Eu hein!!!

Todo 9º ano é especial. Este de 2015 nem se fala! É uma turma que acompanho desde o 6º ano. Contudo isso não significa que os conheço bem, aliás...esta semana eles me pregaram uma peça. 

Olha o que desenharam no quadro e me pediram pra decifrar! (pelo menos duas palavras eu li e agradeci: SILÊNCIO e AGORA. Óbvio né? Mas e o resto...

Que cargas d'água é isso? Sei lá... lembrei dos misteriosos hieroglifos egípcios...será algo do tipo? já sei, letrinhas de chat. Com esse mundo tão virtual, os novos hieroglifos cibernéticos ganham sentimentos e significados.

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Prof. Tony.

terça-feira, 24 de março de 2015

A arte do cotidiano na época primitiva: 6º B, tarde!!

Eu e o aluno Jeferson apresentando sua obra de arte!
Esta semana o 6º Ano B, tarde, Colégio Betesda, realizou uma tarefa bem legal. Após analisarmos como se expressava a arte no cotidiano de nossos ancestrais, os alunos foram desafiados a produzirem alguns desenhos (sem perspectiva), simples, mas que se aproximasse com aquelas imagens encontradas em rochas, itacoatiaras e cavernas.

Vejam alguns desenhos:








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Todos estão de parabéns!!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Oficina de composição musical com eles...(7º ANO - 2014)

Nada melhor do que começar um blog sobre minhas experiências em sala de aula rememorando.

 Pois é, uma das aulas mais legais, apesar de bem agitadas - como você logo percebe no vídeo - foi uma das últimas que trabalhamos com o 7º ANO - 2014, parte de uma oficina de composição.

A turma escolheu um tema: "Infância". Daí montamos um quadro com palavras-chave relacionadas a temática. Daí surgiram palavras como: chupeta, fraldas, pijama, escola, dentre outros....

O refrão da canção acabou sendo:

Agora sou um menino corajoso 
Eu vou pra escola 
De bicicleta ou de "buzão"

Eu sou criança 
Eu sou feliz 
Eu sou criança 
Veja o meu nariz"

Olha um pedaço de uma aula de montagem da música:

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 Antognoni Misael (Prof Tony)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Estudando a Música de Protesto com o 9º ANO

Numa época em que a liberdade de expressão é cerceada, nada mais criativo que expressar desejos e anseios através da música. A Ditadura Militar que o Brasil viveu, entre os anos de 1964 e 1985, fez com que músicas se tornassem hinos e verdadeiros gritos de liberdade aos cidadãos oprimidos e sem possibilidade de se expressar como desejavam. Através de letras complexas e cheias de metáforas, elas traduziam tudo o que sentiam!

Pois é, neste 1º Bimestre um dos assuntos de Música que estamos tratando na turma do 9º Ano são as Músicas de Protesto!

De cara logo vi que este tema despertou a curiosidade da turma. Canções como "Cálice" (Chico Buarque), "Pra não dizer que não falei de flores" (Geraldo Vandré) deixaram no ar um sentimento de uma época pairando em nossas aulas.

Terça-feira, dia 17.03.15, nós estudamos uma das canções mais metafóricas, porém cheia de significados contundentes, e que marcaram a MPB na década de 70: "O bêbado e o Equilibrista" (João Bosco e Almir Blanc). A audição foi bem apreciativa e os comentários da turma, especificamente do aluno Rafael, foram de uma grande perspicácia.

Abaixo, confiram a música, e em seguida o texto trabalho em sala com a turma.

TEXTO SOBRE A CANÇÃO

João Bosco (melodia) e Aldir Blanc (letra), gravam em 1979 esta música, interpretada por Elis Regina. Seu lançamento ocorre em um momento de intensa repressão ideológica e consequente perseguição política. Esse período que inicia em 1964 e vai até fins da década de 1980 é conhecido como Ditadura Militar. Nessa época, era preciso usar-se uma grande transferência de sentidos, ou seja, linguagens metafóricas. Essas linguagens conferem a determinados objetos de pensamento atributos pertencentes a outro. Pensando nisso, os artistas faziam, assim, músicas repletas de linguagens figuradas, cujas informações subliminares precisam ser conhecidas por aqueles que as recebem, para compreender o real manifesto da música, como no caso a ser analisado.

Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos...

Na primeira estrofe da canção, há referências ao otimismo que o Brasil vivia até a da primeira metade da década de 1960. Aldir Blanc pode ter recorrido a uma figura poética calcada em velhos temas, como o filme Luzes da Ribalta com Carlitos, uma das personagens mais conhecidas de Charlie Chaplin. Um andarilho de chapéu-coco, bigode e um paletó muito apertado que, apesar de pobre, agia como um cavalheiro. Fica clara a contradição entre “bêbado” e “luto”: a alegria do vagabundo que tenta driblar a situação e o estado melancólico da sociedade brasileira.

No entanto, a luz do progresso chega ao fim, pois “caía a tarde feito viaduto”. Essa passagem alude a duas tragédias semelhantes:

Uma, que ocorreu no Rio de Janeiro, em janeiro de 1971, foi o desabamento, durante sua construção, sobre ônibus, pedestres e carros, de parte de uma imensa elevada que se estendia por quilômetros, o Viaduto Paulo Frontin.

Outra, em Belo Horizonte, em fevereiro de 1971, foi um pavilhão que, projetado por Oscar Niemaier sob a ordem do governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, também desabou sobre os operários, durante a hora de folga, no meio-dia.

Esse conjunto de construções correspondia ao “milagre econômico” que a ditadura tentava apresentar à população brasileira, para recuperar as antigas euforias dos períodos populistas. Porém, seus equívocos e acidentes, como estes dois denunciados metaforicamente na música não eram divulgados pela mídia da época e as vítimas dificilmente eram indenizadas pelo governo responsável. Além disso, “caía a tarde” nos remete ao horário do dia quando as sessões de tortura do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) começavam.

A lua Tal qual a dona do bordel Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel

A lua apenas reflete a luso do sol. Esse é o tema da segunda estrofe, que faz menção aos reflexos do passado. Assim, segue a noite, referida na terceira, quarta e quinta estrofe, denunciando em linguagem figurada e elaborada as consequências da ditaduras: torturas, exílios, desaparecimentos e famílias dilaceradas. Ademais, a Lua não tem brilho próprio, mas como proprietária do prostíbulo, rouba-o das suas empregadas; um brilho falso, que pode representar os políticos que se “venderam” ao regime militar, em troca de benefícios pessoais, com os recursos “roubados” do país.

E nuvens! Lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco! Louco! O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Prá noite do Brasil. Meu Brasil!...

Anterior à caneta esferográfica, mata-borrão era um papel que absorvia a tinta em excesso das canetas-tinteiro para evitar erros. Saber disso permite compreender que havia determinados controles e atitudes punitivas para aqueles que “manchassem” a ordem presente na ditadura.

Que sonha com a volta do irmão do Henfil Com tanta gente que partiu num rabo de foguete Chora a nossa pátria mãe gentil, Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil

Henfil, que rima com Brasil, é um apelido ou pseudônimo do cartunista e jornalista Henrique Filho que, exilado, era irmão de Herbert de Souza, o Betinho, sociólogo e ativista de direitos humanos, também perseguido e exilado, como tantos outros brasileiros.

Chora! A nossa Pátria Mãe gentil Choram Marias E Clarisses No solo do Brasil...

Clarice era esposa do jornalista Vladimir Herzog, que fazia parte do movimento de resistência contra o regime e teve um suicídio por enforcamento muito mal forjado em uma cela do DOI-CODI. Maria, por sua vez, era esposa do metalúrgico Manuel Fiel Filho, torturado até a morte sob a acusação de fazer parte do Partido Comunista Brasileiro, embora seu real crime tenha sido ler o jornal A Voz Operária. No plural, “Marias e Clarisses” são todas as mulheres, sejam mães, filhas ou esposas, que sofreram por alguém que fora torturado ou exilado. Além disso, destaca-se o tom de ironia ao rimar um refrão do Hino Nacional com Brasil, neste refrão, onde apresenta justamente um Estado que deveria nos proteger, mas que nos tortura.

Mas sei, que uma dor Assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança...

Dança na corda bamba De sombrinha E em cada passo Dessa linha Pode se machucar...

Há uma história brasileira do início do século XX, baseada na vida de Zequinha de Abreu, compositor de Tico-Tico no Fubá, um músico que se apaixona pela trapezista de um circo e compõe uma valsa homônima à moça chamada Branca. Assim, ele rompe seu noivado para seguir a caravana circense, mas se decepciona e volta à terra natal, onde vive seu casamento deprimido e começa a tocar em bailes de carnaval seu grande sucesso (Tico-tico no Fubá). Eis que um dia a vê entrando no salão com o marido e interrompe o chorinho que dá nome ao filme e começa a tocar Branca. Tocada pela emoção de ouvir sua música ela vai a seu encontro, mas Zequinha abandona o piano e sai desesperado pelos fundos do clube e acaba morrendo em seus braços num ataque cardíaco fulminante.

Azar! A esperança equilibrista Sabe que o show De todo artista Tem que continuar...

Os artistas, não conformados com a opressão, usariam assim a expressão artística, como uma arma disponível para defender a democratização, em meio ao comportamento da sociedade, que vivia na corda bamba, sempre por um triz a ser pega fora da linha estipulada pelos militares. Mas em meio a essa corda bamba de incertezas, todos prosseguem com sua lida cotidiana. E a esperança é o que faz eles prosseguirem com a luta para seguir adiante; afinal, “… o show tem que continuar…

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Fonte: http://redesfigurar.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de março de 2015

Produzindo Arte Cristã

Na última aula de artes do 7º Ano-B, Colégio Betesda, a turminha após estudar como se deu as primeiras expressões da arte cristã, pôde produzir algumas obras relacionadas ao tema. 

Mas teve algo  interessante e inovador! O fundo musical teve o intuito de estimulá-los mais a criatividade. Dentre alguns sons, eles puderem ouvir Jesus Alegria dos Homens (Sebastina Bach) na versão de Celtic Woman, e Viva La vida (Cold PLay). Ja já postaremos algumas das obras que eles produziram! 

Abraço. 

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 Prof Tony.

Inaugurando o Blog!

Olá pessoal. Sou professor Tony, sou historiador e músico. Leciono as disciplinas de História e Música no Colégio Betesda. Temos como método de ensino o material do Sistema Mackenzie e portanto, a partir dele e de muitas atividades desempenhadas com nossos alunos estaremos produzindo materiais: textos, montagens, desenhos, poemas e todos os diversos tipos de artes com todas as turminhas que temos - do 6º ao 9º ano.

 Até a próxima!!